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Glúten, um Inimigo Público? Foi o título do documentário que serviu de discussão nas aulas de Cidadania e Desenvolvimento. Este tema integra-se nos domínios do Desenvolvimento Sustentável e Educação para o Consumo.  O documentário faz uma abordagem à recente problemática do aumento de consumo de alimentos isentos de glúten, justificado pela existência, cada vez maior, de pessoas intolerantes ao glúten, ou seja, celíacos.

Durante a II Guerra Mundial produziram-se bastantes quantidades de nitratos e fosfatos utilizados, posteriormente, para a produção de fertilizantes, o que permitiu o aumento da produção de trigo. Ora, a Comunidade Científica descobriu que, antes da utilização de fertilizantes, o trigo não tinha tanto glúten. Assim, não tinha tanto impacto na saúde das pessoas. Mas, como atualmente não há produção de trigo sem a aplicação de fertilizantes químicos, verificou-se que o glúten proveniente do “trigo moderno” tinha uma tenacidade maior, o que é uma das causas dos problemas celíacos.

 Assim, o estudo do glúten demonstrou que os nossos antepassados consumiam mais trigo do que na atualidade, mas o que diferencia é a qualidade do trigo, que, atualmente, contém um tipo de glúten mais resistente, havendo, por isso, mais pessoas intolerantes ao glúten do que no passado.

A intolerância ao glúten é uma doença autoimune causada pelo aumento crescente do consumo de glúten. Cerca de 25% dos adultos evitam o consumo do glúten por ser um dos responsáveis pelos sintomas da doença. Mas, será que o glúten se transformou num veneno para a população? Esta foi a questão que orientou o nosso debate e permitiu que a turma redigisse este texto de opinião.

As pessoas que evitam o glúten apresentam melhorias em problemas gastrointestinais e na fadiga. A Generation Future é um grupo francês que promove manifestações contra a empresa “Monsanto”, uma empresa americana, líder mundial na produção de pesticidas, herbicidas, etc. O trigo antigo é melhor para a saúde de pessoas com problemas celíacos. Por mais que este tenha mais glúten, este apresenta menos elasticidade, ou seja, o glúten é menos forte. Outros estudos demonstram que, com a utilização de fertilizantes, o caule do trigo é menos resistente, pelo que os alimentos provenientes deste tipo de trigo apresentam alguns indícios de fertilizantes, o que aumenta o risco da saúde pública.

Esta tendência vai continuar a aumentar, talvez por causa das nossas mudanças nos hábitos de vida, o que, no nosso entender, é mau, porque achamos que o glúten é um dos produtos essenciais à vida.

O consumo de produtos sem glúten é já tão elevado que algumas empresas de produtos alimentares sem glúten já faturaram cerca de 15 milhões de euros.

Na nossa opinião, acreditamos que o consumo de glúten deve ser equilibrado, tal como qualquer outro constituinte da nossa alimentação, pois, em determinadas situações, pode ser necessário, mas também não pode ser consumido em excesso.

 

9.ºA -CCB

5 de janeiro de 2023